TRABALHO, ALIENAÇÃO E ESTRANHAMENTO: uma contribuição a uma educação emancipatória

Capa de Livro: TRABALHO, ALIENAÇÃO E ESTRANHAMENTO: uma contribuição a uma educação emancipatória

Este livro é um acerto de contas com o passado, com uma experiência que de niu minha carreira acadêmica, bem como é a prestação de um tributo a uma mulher que marcou para sempre minha vida acadêmica, a Profa. Dra. Maria Célia Marcondes de Moraes.

Enquanto um tributo a essa magní ca intelectual que me ensinou tudo que precisava saber para honrar com maestria e dignidade o lugar de professor e pesquisador que ocupo na universidade brasileira, decidi manter a originalidade do texto, alterando-o apenas no que diz respeito aos erros de redação, atualização das normas da ABNT, correção de duas a rmativas que foram fruto de minha imaturidade teórica e que gerariam uma interpretação equivocada de alguns conceitos basilares do texto, algumas elaborações teóricas e citações que dão mais sistematicidade e coesão ao texto, e a estrutura do mesmo, pois nunca concordei com a exigência feita pela Banca Examinadora de alterar a sequência dos capítulos 1 e 2.

Maria Célia, uma das mais respeitadas intérpretes dos pensamentos de Marx e Lukacs no Brasil, me ensinou rigor, disciplina, compromisso e ética. O encontro com ela foi o encontro com os clássicos, com o máximo rigor acadêmico, com a dedicação intensa à atividade intelectual,

e o mais sério compromisso com a coisa pública. Mas não vivíamos em um ambiente de pleno consenso, pois enquanto ela era atéia eu era deísta. Aliás esta descoberta feita por ela gerou um estrondoso constrangimento, mas que não durou mais que 60 segundos. Sem debates, sem qualquer atitude que signi casse um assédio intelectual ou moral, ela seguiu com a orientação como se nada tivesse ocorrido e nunca mais voltou ao assunto. Pois a ética não era uma retórica para ela, era vida, era práxis social.

Os leitores podem questionar porque eu não enriqueci a discussão que z dos conceitos no doutorado no texto da Dissertação, mas se eu zesse isto, eu alteraria a história, a experiência, tal qual ela foi construída, e eu não queria isto, pois este livro é também um registro histórico. Mas eu tenho uma outra razão, que é o meu entendimento de que o texto da Dissertação é tão peculiar, tão ele mesmo, que a mesclagem dos dois textos retrataria uma outra experiência, na qual Maria Célia não estaria ostensivamente presente, e isto eu não queria. E por m, a qualidade do texto, apesar de ser de mestrado, em nada falta à qualidade do texto da Tese de Doutoramento. E isto eu devo ao brilhante trabalho de orientação acadêmica da Profa. Dra. Maria Célia Marcondes de Moraes.

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